segunda-feira, 13 de abril de 2009

A HUMANIDADE

A busca da paz e da felicidade é inerente a qualquer indivíduo. Não há quem busque, deliberadamente, o sofrimento e a dor. Ainda assim, mesmo com todos os indivíduos do planeta buscando a alegria e a felicidade, o que encontramos é uma humanidade triste, doente, desconsolada e sofrendo dores atrozes, morais e físicas. Por que o resultado é o oposto do inesperado? Será que o sofrimento é uma contingência inevitável da vida e estejamos todos destinados a padecer desde o nascimento até a morte? Acreditamos que não. E que é possível alcançarmos a felicidade de todos.

O problema em si não é o desejo de ser feliz e de ter progresso, mas sim o que consideramos felicidade e progresso e a maneira que buscamos para atingi-los. Enquanto acreditarmos que para ter sucesso precisamos ser melhores que os outros, ter poder sobre os nossos semelhantes ou acumular bens materiais, continuaremos vítimas do sofrimento e da insatisfação. O sucesso não é determinado pela comparação entre indivíduos, mas sim pelo quanto alguém progride em relação a si mesmo e ao seu próprio potencial.

A felicidade não pode ser encarada como um objeto absoluto, uma meta pré-determinada. A felicidade maior está justamente em poder contemplar a eterna mutação da vida e acompanhá-la de forma suave e natural, se modificando e se aperfeiçoando a cada dia.

Por fim, o maior obstáculo para sermos felizes é o fato de que buscamos a felicidade do eu, a realização pessoal. Funcionamos em sociedade como um “cabo de guerra” com inúmeras cordas dispostas de maneira radial, como uma estrela, em que cada um puxa para seu lado e ninguém sai do lugar.

Em síntese, se você quer ser feliz, faça seu próximo feliz.

(do livro UMBANDA – A PROTO-SINTESE CÓSMICA de F. Rivas Neto, Ed. Pensamento)

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